sábado, junho 21, 2008

Ponte de Wheatstone

De um momento para o outro, enquanto estava sentada, tentando resolver os problemas do pequeno universo onde entrou há uma eternidade, e de onde nunca mais saiu, sentiu o seu espaço invadido por uma enormidade de vozes não conhecidas.
O universo não respeita o meu espaço, pensou enquanto se escondia o melhor possivel no unico sitio que ainda lhe oferecia segurança.
Pouco a pouco, com o coração acelerado, decidiu escrever, mas, ao olhar para lapis, verificou que este tinha a ponta gasta...
Oh que merda pensou... logo agora que podia por para fora tudo o que sinto, o raio do lapis está sem bico.
Bem... acho que os sentimentos vão ter de ficar guardados mais umas horas... só espero que não demore tanto tempo para sair deste canto, como demora para sair deste problema.

quinta-feira, junho 05, 2008

Recomeçar

Sentou-se na secretaria, olhou em volta, papeis espalhados ao acaso por cima das recordações de tantos anos.
Chegou a hora de arrumar ideias, pensou.
Devagar, respeitando as camadas de ferrugem que lhe cobriam as articulações dos dedos e da alma, iniciou a aventura das palavras, da ordenação de pensamentos, da tão complicada pontuação...
Do respeito ortografico!
A ferrugem dos dedos começou a soltar-se, sem rumo, e, como o vento que refresca no dia quente de verão afastando o sufoco que o calor deixa na respiração, a ferrugem tapou a desarrumação da secretaria, deixando apenas a desorganização de pensamentos...
E esses, não se arrumam com facilidade.

terça-feira, agosto 14, 2007

"Escravos cardiacos das estrelas"


sexta-feira, agosto 10, 2007

Quem disse que o guião foi feito para ser seguido?

Por entre as longas folhas verdes do bosque caminhava descalça, procurando o caminho até casa.
Como saido do livro que li na infância, apareces tu, olhos brilhantes, sorriso rasgado, pensamentos tantos, que, apesar dos phones do mp3, saiam em cascata pelas orelhas... e que orelhas...
A batida musical do teu mp3 era uma aura perfumada à tua volta, que se sobrepunha ao doce aroma do mar de pinheiros do tal bosque verde.
Nas mãos trazias aquilo que poderia ser um livro, mas era de tal maneira grande, antigo e pesado que fazia com que as tuas delicadas mãos parecessem apenas enfeites embutidos no couro velho que encadernava o livro...
Um provavel livro sagrado.
Sem querer olhei para ti, lá estava, o tal brilho...
Perguntaste-me para onde ia, sabes muito bem a resposta, afinal, esta cena é das cenas mais batidas da infancia. "E tu, onde vais?" Sorrindo respondes "isso não está no guião!"
Quem disse que o guião tem de ser seguido? Desta vez podia apenas improvisar...
Mas, a batida, o perfume, o verde, o bosque, o livro, o pensamento; tranformaram o cenario numa linha direita, muito recta, muito perpendicular à tua, muito fora de mão... muito longe do livro sagrado.

domingo, agosto 05, 2007

Vinte toneladas e duzentos gramas

Lá ia ele, olhos na estrada, pensamento longe dali.
De certa forma, os ultimos acontecimentos tinham-no feito recuar. Não é facil perder o subsolo quando pouco mais há para dar sustentação.
Falava-se em pensamentos barricados, mas ele sabia perfeitamente o que se passava. Um dia, depois de sair voando pela janela, a realidade demasiado solida que ele conhecia, perdeu-se.
Tudo fumo. Até aquele cantinho onde na infancia enterrava os tesouros, meras bijuterias da vida, tinha-se transformado em fumo.
Podia pensar em paralelismo dimensional, mas não o era.
E perdido nesta loucura de pensamentos continuou caminhando para o que já foi destinho e agora é...
Apenas é...

quarta-feira, agosto 01, 2007

Quem disse?

http://br.youtube.com/watch?v=0TBvrBfGTKk

4 semanas de trabalho arduo e um 18

quarta-feira, julho 04, 2007

Aqui eu fui feliz